A violência é um problema de saúde pública importante e crescente no mundo, com sérias consequências individuais e sociais.
A escola é de grande significância para as crianças e adolescentes, os que não gostam dela têm maior probabilidade de apresentar desempenhos insatisfatórios, comprometimentos físicos e emocionais à sua saúde ou sentimentos de insatisfação com a vida. Os relacionamentos interpessoais positivos e o desenvolvimento acadêmico estabelecem uma relação direta, onde os estudantes que perceberem esse apoio terão maiores possibilidades de alcançar um melhor nível de aprendizado. Portanto, a aceitação pelos companheiros é fundamental para o desenvolvimento da saúde de crianças e adolescentes, aprimorando suas habilidades sociais e fortalecendo a capacidade de reação diante de situações de tensão.
A agressividade nas escolas é um problema universal. O bullying e a vitimização representam diferentes tipos de envolvimento em situações de violência durante a infância e adolescência. O bullying diz respeito a uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. A vitimização ocorre quando uma pessoa é feita de receptor do comportamento agressivo de outra mais poderosa. Tanto o bullying como a vitimização têm consequências negativas imediatas e tardias sobre todos os envolvidos: agressores, vítimas e observadores.
Por definição, bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Essa assimetria de poder associada ao bullying pode ser consequência da diferença de idade,
tamanho, desenvolvimento físico ou emocional, ou do maior apoio dos demais estudantes.
Trata-se de comportamentos agressivos que ocorrem nas escolas e que são tradicionalmente admitidos como naturais, sendo habitualmente ignorados ou não valorizados, tanto por professores quanto pelos pais.
Dados da pesquisa inicial da ABRAPIA
. 40,5% dos alunos admitiram estar diretamente envolvidos em
atos de bullying, sendo 16,9% como alvos, 12,7% como
autores e 10,9% ora como alvos, ora como autores;
. 60,2% dos alunos afirmaram que o bullying ocorre mais
freqüentemente dentro das salas de aula;
. 80% dos estudantes manifestaram sentimentos contrários aos
atos de bullying, como medo, pena, tristeza, etc.
. 41,6% dos que admitiram ser alvos de bullying disseram não
ter solicitado ajuda aos colegas, professores ou família;
. entre aqueles que pediram auxílio para reduzir ou cessar seu
sofrimento, o objetivo só foi atingido em 23,7% dos casos;
. 69,3% dos jovens admitiram não saber as razões que levam à
ocorrência de bullying ou acreditam tratar-se de uma forma de
brincadeira;
. entre os alunos autores de bullying, 51,8% afirmaram que não
receberam nenhum tipo de orientação ou advertência quanto
à incorreção de seus atos.
Gráficos
Figura 1: Participantes do bullying
Figura 2: Tipos de bullying identificados
Figura 3: Locais onde ocorreram o bullying
Figura 4: Reações dos alunos alvos de bullying
Figura 6: Sentimentos admitidos pelos alunos autores de bullying
Gráficos
Figura 1: Participantes do bullying
Figura 2: Tipos de bullying identificados
Figura 3: Locais onde ocorreram o bullying
Figura 4: Reações dos alunos alvos de bullying
Figura 5: Sentimentos admitidos pelos alunos testemunhas diante de situações de bullying na sua escola
Figura 6: Sentimentos admitidos pelos alunos autores de bullying